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 Mas eis aqui estou vivo  

(Pr. Eudes Lopes)

      No Apocalipse encontramos uma poderosa revelação do Cristo glorificado nos Céus. João O viu como um homem vestido de vestes cumpridas, cingido com um cinto de ouro, a cabeça com cabelos alvíssimos, os olhos como chamas de fogo, os pés reluzentes como latão, a voz poderosa como o ruído de uma cachoeira, tinha na mão direita sete estrelas, da sua boca saía uma espada afiada, e o rosto brilhava como o sol na sua força. Quando viu Jesus glorificado, João caiu aos Seus pés como morto, mas o Senhor pôs a Sua mão direita sobre ele e o levantou dizendo: “Não temas; Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém...” Ap 1.17,18.      Essa visão do Cristo glorificado está cheia de simbolismo, que não será objeto desta reflexão. Ater-nos-emos  apenas a expressão: “Mas eis aqui estou vivo para todo o sempre”.

     Comecemos por nos reportar ao evento histórico da morte e da ressurreição de Cristo. As Escrituras nos relatam  que  o Senhor Jesus morreu na cruz do Calvário sendo depois  sepultado  num  sepulcro novo cedido por José de Arimatéia um membro do Sinédrio judaico, discípulo de Jesus em oculto. As Escrituras ainda nos mostram nos quatros Evangelhos, que ao terceiro dia, Cristo ressuscitou dentre os mortos, conforme profecias do Antigo Testamento corroboradas por Ele no seu ministério. Após a ressurreição, Jesus esteve com os seus discípulos quarenta dias, falando acerca do Reino de Deus. Em seguida, ascendeu aos Céus onde se assentou à destra de Deus, reassumindo a glória que tinha como o eterno Filho de Deus.

     Para nós os cristãos, a ressurreição de Cristo é o coroamento da obra redentora que ele veio realizar neste mundo. Sem a ressurreição de Cristo a sua morte perderia todo o sentido, pois o Senhor seria um Cristo morto, vencido, destruído pela força da morte, comum aos homens. Mas, graças a Deus que Cristo ressuscitou vitorioso dentre os mortos e está vivo, poderoso nos Céus. Lá, a destra do Pai, o Senhor continua exercendo o Seu papel de Sumo Sacerdote, que começou com o Seu sacrifício na cruz do Calvário. Agora Ele vive intercedendo pela Igreja, e graças a essa intercessão nos mantemos de pé na presença de Deus.    

     Amados, hoje quando celebramos a ressurreição de Cristo, regozijemo-nos e nos alegremos, pois, o nosso Senhor está vivo nos céus, revestido de glória e de poder, controlando todas as coisas, mui especialmente aquelas que dizem respeito ao seu povo, a quem remiu pelo Seu sangue.