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   Os outros até podem, mas você como cristão, não!

   

   Neste domingo está previsto e incentivado pelas redes sociais um movimento de oposição ao governo federal exigindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff, culpando-a por todas as mazelas que atingem o povo brasileiro, que não são tantas comparadas com décadas passadas. Muitos crentes, inclusive alguns líderes evangélicos do Brasil, estão incentivando o povo de Deus a participarem desse protesto.

   O terreno da política é um terreno de areia movediça, perigoso, e sempre quem sai perdendo é o povo de Deus. A Bíblia diz que o mundo inteiro jaz no maligno (1 Jo 5.19). Diz ainda a Bíblia que o mundo sofre a influência das potestades malignas que operam nos filhos da desobediência. (Ef 2.1,2). E diz ainda que nos últimos tempos haverá convulsão política que terminará colocando sobre o governo mundial o anticristo, o inimigo maior da Igreja.

   As Escrituras nos diz que todas as autoridades foram constituídas por Deus e a elas devemos respeitar e honrar, e diz mais que quem resiste às autoridades resiste a uma ordenação divina, e quem resiste trará sobre si o juízo de Deus. (Rm 13.1-3). Paulo escrevendo a Timóteo orienta a Igreja que faça oração, súplica pelas autoridades constituídas por Deus para que tenhamos uma vida sossegada (1 Tm 2.1-3).

   Quando Paulo escreveu as suas cartas, ele em nenhum momento conclamou a Igreja a se levantar e protestar contra o governo vigente, visando a sua desestabilização,  e olhe que quem governava o mundo na época  era o império romano, perseguidor da Igreja. Naquela época governava Nero, um dos mais famigerados imperadores, inclusive sendo ele o autor do massacre de milhares de servos de Deus, acusando-os injustamente pelo incêndio de Roma, que ele mesmo foi o causador.

   Não estou advogando os gravíssimos erros cometidos pelo Partido do atual governo federal, apenas interpretando corretamente a Palavra de Deus, e para que não se vá de encontro com o estabelecido na Palavra de Deus. Davi fora ungido rei de Israel em lugar de Saul, mas ele não fez nenhum movimento para apear Saul do governo, inclusive teve duas oportunidades para isso, mas não o fez por que temia a Deus e sabia que fora Ele quem colocara Saul ali.  

     Assim sendo, o crente genuíno não deve se envolver nessa questão e a prudência manda que não sigamos a multidão para fazer aquilo que é contrário a Palavra de Deus, que é a nossa única regra de fé e prática.

                          Pr. Eudes Lopes Cavalcanti