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Reflexões no Evangelho de Marcos

Pedro nega a Jesus (Mc 14.66-72)

Quando da prisão de Jesus todos os apóstolos fugiram, cumprindo-se a profecia que o Senhor citara, que dizia que ferindo o pastor as ovelhas se dispersariam (Zc 13.7), mas Pedro e João foram discretamente ao julgamento de Jesus diante do Sinédrio israelita. Como fazia frio naquela madrugada, foi acesa uma fogueira no átrio e lá estava Pedro se aquentando junto com os outros. Foi lá que se deu, segundo o relato de Marcos, a primeira negação de Pedro de que conhecia o Senhor. Uma criada o vira e aproximando-se dele disse que o tinha vista junto a Jesus numa outra ocasião. Pedro o negou prontamente, dizendo: “Não o conheço, nem sei o que dizes”. Ao sair do alpendre, diz-nos Marcos, que o galo cantou pela primeira vez.  A criada insiste outra vez ao ver Pedro, e ele continuou negando que conhecia a Jesus. Diz-nos o evangelista Marcos que as pessoas que ali estavam também disseram que Pedro verdadeiramente era um dos discípulos de Jesus, porque também era da Galiléia. “Verdadeiramente tu és um deles, porque és também Galileu”. Essa acusação levou a Pedro a negar outra vez a Jesus. Pela terceira vez Pedro negava que conhecia ao Senhor com quem convivera diariamente três anos. Nessa terceira negação o galo cantou novamente, cumprindo-se as palavras de Jesus que dissera: “... Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás” Mc 14.30. Quando o galo cantou pela segunda e última vez, Pedro lembrou-se das palavras do Senhor, e saiu dali chorando amargamente. A última negação de Pedro foi acompanhada de praguejamento, ou seja, ele invoca sobre si várias pragas se não estivesse dizendo a verdade.  É como se ele tivesse dito: Que Deus faça isto ou aquilo comigo se eu for discípulo de Jesus.           Eudes Lopes Cavalcanti