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Comentando Atos dos Apóstolos

A Comunidade cristã (At 4.32-35)

Depois do relato sobre a ameaça das autoridades religiosas de Israel aos apóstolos, da oração da Igreja e da consequente infusão do poder do Espirito Santo sobre os presentes, e a continuidade da pregação por eles com intrepidez, o presente texto nos revela uma faceta do viver da Igreja de Jerusalém, que estava sob a poderosa influência do Espirito de Deus - a liberalidade.

É-nos dito que ninguém considerava propriamente seu nada do que possuía, pois o que tinham era compartilhado entre os que não tinham, sendo tudo a eles em comum. Essa atitude era a consequência natural de uma vida cheia do Espirito Santo, que sensibilizava a quem tinha recursos a ajudar os mais necessitados, a ponto do texto dizer que tudo lhes era comum. “Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade” At 4.34,35. É importante observar que uma das primeiras atitudes de uma pessoa convertida, é abrir o bolso para ofertar para a casa do Senhor. Diz o texto também que os apóstolos, cheios do Espirito Santo e da graça divina, pregando davam testemunho da ressurreição de Cristo, pois para isso foram chamados por Deus, para serem testemunhas da ressurreição de Cristo; isto vemos na escolha de Matias para substituir Judas Iscariotes no colégio apostólico. “É necessário, pois, que, dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em que dentre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição” At 1.21,22.  Pr. Eudes L. Cavalcanti