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Pesquisa: 75% das pessoas morrem pela fé em Deus no regime comunista norte-coreano 

Considerado o país mais fechado do mundo em todos os aspectos, a Coreia do Norte ocupa a posição número um na lista mundial de perseguição religiosa publicada anualmente pela organização internacional Portas Abertas, e isso não é por acaso. Uma pesquisa revelou que 75% das pessoas que professam a fé em Deus morrem em decorrência das ações promovidas pelo regime comunista do país.

O estudo foi realizado pelo Centro de Banco de Dados para os Direitos Humanos da Coreia do Norte (NKDB, sigla em inglês), organização que apesar de levar o nome do país onde o regime comunista é considerado o mais radical, só existe porque a sua sede fica em Seul, capital da Coreia do Sul, onde diferentemente da nação vizinha, há democracia e liberdade.

 Foi assim que a NKDB entrevistou 11.730 desertores norte-coreanos que conseguiram fugir para a Coreia do Sul. Com base nesses relatos, foi estimado que 75% dos norte-coreanos perseguidos morrem por causa da fé em Deus.

Uma das razões para tamanha perseguição está na essência do próprio regime comunista, o qual historicamente enxerga a fé em Deus como um elemento de fraqueza social e ameaça à soberania do próprio Comunismo

Por essa razão, o chamado “culto à personalidade”, isto é, quando a figura de determinada pessoa associada ao regime é reverenciada de forma semelhante a uma divindade, chega a assumir o mesmo status de uma religião tradicional, com a população sendo obrigada à realizar atividades que promovem tal percepção.

“Na nação mais fechada do mundo, o Cristianismo é visto como ocidental e hostil e se espera que os cidadãos adorem somente a família Kim, que governa o país desde sua fundação, em 1948. Por esse motivo, cristãos escondem a fé até mesmo da própria família temendo ser presos e enviados para campos de trabalhos forçados”, diz a Portas Abertas.

A pesquisa também revelou que 98% dos entrevistados disseram que a presença de templos religiosos na capital do país, Pyongyang, não passa de fachada para os turistas e a mídia internacional, destacando ainda que 80% das pessoas presas pelo regime comunista norte-coreano simplesmente desaparecem e nunca mais são vistas.

“No país, direitos à liberdade de pensamento, religião, expressão e informação não são respeitados, e não há mudança para a igreja há anos: cristãos enfrentam níveis de pressão extremos em todas as áreas da vida, combinados com alto grau de violência”, conclui a Portas Abertas.

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