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 É tempo de Natal

 

     Dentre as festas de final de ano o Natal ocupa papel preponderante, e deve ser assim porque o Natal fala do nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo, da sua vinda a este mundo para salvar os pecadores perdidos. Infelizmente, fora do circuito cristão, pouca compreensão há desse extraordinário acontecimento.

      No mundo consumista em que vivemos, mesmo dentro do circuito cristão evangélico, o Natal tem perdido o seu verdadeiro significado, que foi substituído pela troca de presentes, pelas festas, jantares, almoços, etc. Nada contra esse momento em que as pessoas se desdobram em gentilezas e generosidades, apenas lamentamos que essa visão seja colocada como prioridade na vida daqueles que professam a fé em Jesus Cristo. Mas graças a Deus que os verdadeiros crentes em Cristo não têm perdido de vista a preciosidade da mensagem natalina, pois, eles estão em contato permanente com as Sagradas Escrituras, que sempre sinalizam o verdadeiro curso da vida cristã. Nesta reflexão iremos nos reportar as origens do Natal baseada na Bíblia Sagrada e no que ele veio nos proporcionar.

      No programa divino o Natal não é algo que apenas teve origem em Belém da Judéia, numa estrebaria, numa manjedoura. Ele já estava definido antes que o mundo viesse a existir. O primeiro vaticínio do Natal encontra-se em Gênesis 3.15 quando nos é dito que da semente da mulher nasceria aquele que esmagaria a cabeça da serpente. A mulher de que fala o texto seria Maria, e aquele que esmagaria a cabeça da serpente é Cristo, e a Serpente, o diabo. A segunda profecia sobre o Natal encontra-se em Gn 12.3 quando é dito que o Messias seria descendente de Abraão, e que ele seria o motivo de bênçãos para todas as famílias da terra. O terceiro vaticínio encontra-se em Gn 49.10 onde nos é dito que o Cristo seria descendente da tribo de Judá. É dito também nas Escrituras que Jesus seria descendente de Davi, o grande rei de Israel.

    O profeta Isaías foi quem mais falou sobre o Messias vindouro. Numa de suas predições ele disse que Jesus nasceria de uma virgem, dando a entender que a sua concepção seria de forma miraculosa, como  de fato  aconteceu, de  acordo  com  Mateus e 

Lucas, pois ele nasceu por obra e graça do Espírito Santo sem o concurso do homem. “Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, Que traduzido é: Deus conosco” Mt 1.22,23. Noutra profecia, Isaias disse: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” Is 9.6. O profeta Miquéias (5.2) vaticinou que o Messias nasceria na cidade de Belém, na Judéia, Israel. Outros profetas bíblicos também fizeram menção ao Natal de Jesus, conforme revelado pelo próprio Senhor no Evangelho de Lucas (Lc 24.27,44,45).

       Segundo Paulo, o Natal de Jesus aconteceu num tempo determinado por Deus no Seu programa redentor. “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, ...” Gl 4.4. O fato histórico do Natal de Jesus é narrado pelos evangelhos de Mateus e Lucas. Quando Jesus nasceu foi feita por um dos anjos de Deus a seguinte proclamação junto aos pastores que apascentavam os seus rebanhos nas imediações de Belém da Judéia: “... Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor”  Lc 2.10,11.

       No programa redentor o fato histórico do Natal de Jesus é o primeiro grande evento. O segundo é a sua morte e a consequente ressurreição, seguido da ascensão e da entronização do Senhor Jesus nos Céus.

      O Natal de Jesus teve como consequência natural, além da glorificação a Deus pelos atos praticados por Cristo enquanto viveu conosco, a realização da obra redentora, ou seja, a Sua morte na cruz e consequente ressurreição que possibilitou a reconciliação do pecador com Deus e as bênçãos espirituais decorrentes da relação de filhos adotivos através de nosso Senhor Jesus Cristo. São inumeráveis as bênçãos que Deus graciosamente concede ao pecador arrependido que crê em Cristo e O aceita como Salvador e Senhor. Paulo disse que quando o pecador crer em Cristo ele é abençoado com toda a sorte de bênçãos espirituais (Ef 1.3). 

       Amados, regozijemo-nos na presença de Deus pelo Natal de Jesus e pelo que ele fez por nós, principalmente por nos ter trazido a salvação eterna.    

  Pr. Eudes Lopes Cavalcanti