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Que Dia fascinante!

 
Quando era presbítero da 1ª IEC/JPA escrevi um artigo para o boletim da Igreja intitulado: “Três Grandes Dias”. Nesse artigo fiz referência a três grandes dias na vida de um homem: o dia do seu nascimento, o dia da sua conversão a Cristo e o dia de sua morte. Omiti de propósito alguns dias que são importantes para as pessoas tais como o dia do primeiro emprego, o dia da formatura, o dia do casamento, o dia do nascimento do primeiro filho, etc. Esses dias são importantes, mas não têm implicação eterna.
A perspectiva que escrevi o artigo foi justamente a da eternidade, já que nós seres humanos viemos a este mundo por permissão divina, vivemos sob a misericórdia de Deus e vamos partir para a eternidade num dia já designado por Ele. O homem, segundo o propósito de Deus, tem existência além túmulo, que de fato é de incomparável duração em relação a sua vida aqui neste mundo, que é de setenta anos, oitenta, talvez mais um pouco. 
Mas o dia mais fascinante, ou melhor, o momento mais fascinante da vida de um homem é quando os seus olhos são fechados aqui neste mundo e abertos no Céu, num lugar de gozo inefável. O dia do falecimento de um crente em Jesus é mais fascinante do que qualquer outro dia que ele tenha vivido aqui debaixo do sol. É incomparável! A Bíblia diz que no momento da separação da alma do corpo,de um crente em Jesus, a sua alma é levada pelos anjos para o Céu, para a presença de Deus. “E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão...” Lc 16.22. Lá aquela alma vai ter o privilégio inaudito de contemplar a face do seu Salvador, Jesus Cristo, que a espera de pé dando-lhe as boas vindas, como aconteceu com Estevão o primeiro mártir do Cristianismo. “e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus”... “E apedrejaram a Estevão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito... E, tendo dito isto, adormeceu” At 7.56,59,60.
É nessa perspectiva que o Salmista pensava no assunto quando disse que preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos (Sl 116.15). Nessa mesma perspectiva João escreveu no livro de Apocalipse dizendo que a morte dos crentes é uma bem-aventurança (Ap 14.13). Não foi a toa que Paulo escrevendo aos filipenses, vislumbrando as maravilhas de uma existência no Céu, mesmo desincorporado, disse que partir (morrer) e está com Cristo era incomparavelmente melhor, e ele revelou que ansiava por isso. “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” Fp 1.23.
E você querido irmão que diz ser crente tem essa esperança? Ou melhor, tem esse desejo? Ou a sua vida está sendo vivida só em função das coisas deste mundo? É tempo de despertar, de pensar nas coisas do Céu. Quem sabe se você não está mais perto do que se pensa desse dia? Por que o apego exagerado pelas coisas deste mundo? Lembre-se de que você, se realmente for um salvo, não é mais do mundo, conforme dito pelo Salvador (Jo 17.14,16).
“Tenho lido das belas moradas/Que Jesus foi no céu preparar/ Onde os crentes fiéis para sempre/ Mui felizes irão habitar/Nem tristeza, nem dor, nem gemidos/Entrarão na mansão paternal/ Mas metade da glória celeste/Jamais se contou ao mortal” C. C. 498. 
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti