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Repensando o Natal

 

Gosto muito do que diz o profeta Miquéias a respeito do nascimento de Jesus (Mq 5.2). Não obstante, a insignificância política de Belém Efrata, em Israel, a menor entre “as milhares” de cidades estava destinada ao maior acontecimento de todas as épocas.

O Rei de Israel haveria de nascer ali, como de fato nasceu (Mt 2.1; Lc 2.4). É certo que o nascimento de Jesus em condição tão modesta, humanamente falando, de forma quase obscura, apesar do angelical coral que O saudou (Lc 2.13), em meio a um alistamento (censo demográfico), não permitiria ao povo atentar para a grandiosidade do feito e para os efeitos deste grande evento (Is 45.23-25).

Tal como hoje, ao comemorar-se o natal, fazemo-lo muitas vezes, como um momento meramente social, buscando mais satisfazer as insinuações da mídia: arvores!... arranjos!... músicas!... taças de vinhos!... e mesas fartas (quando muitos nada têm)!... Enfim, festa, muita festa. Época emque

as pessoas de corações mais duros demonstram algum tipo de sensibilidade procurando de um modo ou de outro, dar um pouco de amor.

Mas afinal onde está o Natal? Jesus aquele ser desprovido de vaidade (Zc 9.9), o pequenino nascido numa manjedoura... envolto em panos que ao crescer (crescimento humano), fez-se o maior de todos os homens, passou por aqui curando, ressuscitando, restabelecendo visão aos cegos, movimento aos aleijados, multiplicando Pães, desenvolvendo dignidade a mulheres humilhadas!... ao final disto morreu pelos nossos pecados (Is 53.4,5). Ressurreto, subiu aos Céus, assentou-se a direita do Pai e ali intercede por nós junto a Deus, e governa a Igreja. Não estamos nos referindo ao calendário 25/12; mas sim ao milagre que acontece todos os dias, em todos os lugares. Nos palácios e nos barracos e que a todos de igual modo enche de gozo (Is 9.2-6).

Sabemos que este momento é meramente simbólico. Jesus, o “Verdadeiro Natal” é suficientemente grande para não se limitar a tempo, lugar e espaço. Ele é maior do que tudo (Dn 7.4). Um Jesus assim capaz de se dar por nós de modo tão completo, por inteiro, requer de nós uma celebração, uma rememoração, uma homenagem em espírito de reconhecimento, apesar de falhos.

Vivamos o Natal em santidade de vida.

Com muito carinho.

Um feliz Natal e um abençoado Ano Novo!

Celízia Ferrer