A igreja de Deus
(Resumo feito pelo Pr Walter Moura)
Lição 1 - Texto básico: 1 Coríntios 1.1-17
Introdução:
- O objetivo desta carta era resolver alguns conflitos na igreja.
- Assim encontramos nesta epístola vários temas doutrinários importantes e conselhos aplicáveis a nossa realidade como igreja, que podem resolver os nossos problemas.
a) A igreja local e a igreja universal
- A epístola inicia com Paulo afirmando o seu apostolado como um chamado divino. (V.1)
- seu destinatário é a igreja local, mas também atende a todas as igrejas, isto é, a igreja universal. (v.2)
- Então, ele apresenta a igreja na sua dimensão local e na sua dimensão universal.
- Não são duas igrejas, a igreja local faz parte da igreja universal, no entanto, a igreja local é uma igreja plena, completa, por isso Paulo diz “à igreja de Deus que está em Corinto”, e não, “parte da igreja de Deus que está em Corinto”.
- Contudo, Paulo enfatiza a realidade da igreja não ser apenas local, mas universal, “há um só corpo e um Espírito... há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos...” (Ef 4.4-6).
b) Santificação posicional e santificação processual
- A santificação posicional demonstra que todos que estão em Cristo Jesus são santos (separados por e para Deus), independentemente de suas falhas.
- O chamado para “ser santo” é o processo resultante de ser santificado, isto é, agir conforme os princípios daquele que nos santificou com vista a uma vida de santidade. (2Co 5.17; 1 Ts 4.1-8)
- Igreja no NT significa uma reunião de santos, do povo de Deus, a fim de viverem para Deus. (1 Pe 2.9,10).
- As virtudes da igreja provêm da graça de Deus (v. 4-7).
- A igreja é enriquecida em tudo: na palavra, em conhecimento, no testemunho de Cristo, nos dons, na perseverança final e na plena comunhão com Cristo. Estas riquezas são dádivas de Deus à igreja. (Ef 1.3)
- Deus dá à igreja aquilo que é necessário para o seu crescimento espiritual através dos crentes, os quais são capacitados por Deus para exercer seus dons a serviço dos santos (uns para com os outros, 1Co 12.25b).
- A Igreja de Cristo vive na esperança vindoura, aguardando a volta de Cristo. (1Co 1.7).
- A Igreja é perseverante, caminha firme, pois é o próprio Deus que a sustenta para ser apresentada irrepreensível diante Dele. (1.8-9).
- Nós nãos somos pessoas perfeitas, por isso na Igreja encontraremos diversos problemas. (1.10-11)
- Havia na Igreja de Corinto exaltação de homens, o que levava a igreja se dividir por causa de lideranças (1.12-13).
- Havia na igreja de Corinto exaltação da sabedoria humana, pois através da filosofia desprezavam a mensagem do Evangelho da cruz. (1.18-25).
Conclusão:
- Temos defeitos como igreja, mas precisamos usar as virtudes que Deus nos dá para vencermos as dificuldades e caminharmos para o nosso desenvolvimento espiritual na busca da santificação.
A Sabedoria de Deus
(Resumo feito pelo Pr Walter Moura)
Lição 2 - Texto básico: 1 Co 1.18 - 2.16
Introdução:
- Um dos principais símbolos do cristianismo, desde o segundo século, é a cruz.
- O símbolo da cruz transmite a mensagem do evangelho centralizada no sacrifício de Jesus. (Mc 8.31; 10.32-34; 14.21).
1. A eficácia da sabedoria de Deus (1 Co 1.18-25)
- Três aspectos são destacados neste texto de Paulo:
a. A sabedoria de Deus é mais poderosa que a sabedoria humana
- A salvação não se adquire por sabedoria humana e sim pelo poder de Deus através da palavra da cruz. (v. 18)
-Esta mensagem parece loucura para os homens, a luz de sua própria sabedoria não conhece a divina. (v. 21)
b. A sabedoria de Deus triunfa sobre a sabedoria humana
- A sabedoria de Deus revelada na cruz destrói a sabedoria humana que busca salvação a parte da revelação de Deus em Cristo Jesus. (v. 19-20)
c. A sabedoria de Deus frustra a arrogância humana
- O Cristo crucificado é loucura e escândalo para os incrédulos. (v.23)
- A salvação através de Cristo crucificado só é compreensível para os que foram chamados por Deus. Só estes provam do poder e enxergam a sabedoria de Deus (v. 24).
- Embora os incrédulos só enxerguem loucura e fraqueza na cruz, Deus mostra o quão é insignificante a sabedoria humana para entender a sabedoria de Deus e o seu poder.
2. O Paradoxo da sabedoria de Deus (1 Co 1.26-28)
- Deus em sua soberania escolhe os seus. (v. 26-27; Rm 9.16)
- Paulo usa a realidade da igreja de Coríntios, em sua maioria gente simples, para mostra que a vocação deles não foi adquirida pelo poder ou sabedoria humana (v. 26).
- Deus envergonha e anula a soberba dos sábios e poderosos do mundo, escolhendo exatamente aqueles que são desprezados e não reconhecidos pelo mundo. (v. 28)
3. O objetivo da Sabedoria de Deus (1 Co 1.29-31)
- Não há merecimento na salvação, e, portanto, sem vanglória. (v. 29)
- Deus nos mostra que pela graça somos dele, e que em Cristo alcançamos sabedoria, justiça, santificação e redenção. (v. 30)
- A nossa glória esta em Deus. (v. 31)
4. A comunicação da Sabedoria de Deus (1 Co 2.1-5)
- A pregação não deve ter como base a oratória nem a eloquência, mas sim, expressar a verdade de Deus conforme a revelação na dependência do Espírito e do seu Poder em salvar vidas.
- A motivação da pregação deve ser o despertar dos que ouvem a uma fé baseada na Palavra de Deus e não no pregador.
5. A compreensão da Sabedoria de Deus (1 Co 2.6-16)
a) A natureza da Sabedoria de Deus
- A Sabedoria de Deus esta acima deste mundo, ela é de natureza espiritual. (v. 6)
- Jesus Cristo é a Sabedoria de Deus revelada a nós.
- Esta Sabedoria é mistério para os incrédulos, mas revelada aos crentes. (v. 7-9).
b) A revelação da sabedoria de Deus (v. 10-16)
- O Espírito Santo é quem revela a sabedoria de Deus. (v. 10-11)
Conclusão:
- Não se compreende a crucificação sem a ação poderosa do Espírito de Deus.
- Por isso, ela parecia loucura para os gregos e escândalos para os judeus. (1 Co 1.23; 2.14)
- É privilégio nosso conhecer este mistério, o Filho de Deus que se fez carne, e morreu em uma cruz para redimir pecadores. (1C o 2.12,13,16)
Liderança Espiritual
(Resumo feito pelo Pr Walter Moura)
Lição 3
Texto básico: 3.1 - 4.21
Introdução:
- Não se deve ter predileção por qualquer líder, a ponto de sair da igreja onde congrega por que ele saiu.
- A igreja de Corinto tinha este tipo de problema “Quanto, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu sou de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens? (1 Co 3.4)
- O que Paulo destaca é o ofício ou serviço e não a pessoa, não importa se é ele mesmo ou Apolo ou qualquer outro que venha realizar o serviço.
- Assim, não importa quem esta liderando, mas o que esta sendo realizado pelo ministério de quem exerce a liderança.
- Ao contrário do que vimos hoje em dia, Paulo ensina que nenhum líder espiritual deva ser idolatrado.
- A atividade de plantar e regar, usada figuradamente, mostra as diversidades e utilidades dos ministérios exercidos na igreja, para que a mesma frutifique pela graça de Deus.
- Deus recompensará cada um, segundo o seu próprio trabalho.
- Ao realizar o trabalho, pelo qual fomos chamados, cooperamos com Deus, segundo a sua ordenança e graça capacitadora. (Rm 10.14; 1Co 1.24)
- Através desta metáfora Paulo ensina:
a) O fundamento já esta posto, e este é Cristo, portanto ninguém poderá alterar a fundação quando anuncia o evangelho.
b) A obra de cada um será provada, e, caso seja aprovada, recompensada.
- Aqueles que servem a Cristo foram chamados para a proclamação do evangelho e edificação da igreja.
- Não se deve avaliar os líderes pela eloquência ou oratória, mas pela fidelidade a Deus e a sua palavra.
- O orgulho é um pecado que pode arruinar qualquer vida e ministério. (Pv.16.5; Tg 4.6)
- “O orgulho é quando seres humanos pecadores desejam o prestígio e a posição de Deus, e se recusam a reconhecer sua dependência dele”. C.J. Mahaney
- Ninguém deve buscar no serviço cristão a autoglorifacação.
- O orgulho traz divisão, discórdia e ruína para muitos e prejudica a igreja.
- A humildade deve ser perseguida para que tudo que for realizado vise exclusivamente a glória de Deus. O que realizamos em “oculto” será recompensado pelo Senhor, por quem e para quem realizamos.
Conclusão:
- A igreja de Corinto mostra carnalidade quando esta dividida por sua preferência em relação a alguns líderes que trabalhavam para o progresso da obra de Deus.
- É preciso entender que igreja não é lugar de disputas por espaços, igreja é lugar de cooperação de uns com os outros para glória de Deus.
- Pessoas que enxergam o outro como rival na obra do evangelho, não entendeu o que é o evangelho e não tem condições de liderar por ser carnal e infantil. ( 1Co 3.1-3)
Disciplina e Pureza na Igreja
(Resumo feito pelo Pr Walter Moura)
Lição 4
Texto básico: 1 Co 5.1-13
Introdução:
- A disciplina visa o bem do disciplinado como a pureza da igreja.
- “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça .” Hb 12:11
- A disciplina eclesiástica é a faculdade que a Igreja tem sobre seus membros de aplicar as leis e corrigir os que as quebram de acordo com a palavra de Deus.
- Jesus deu autoridade à Igreja para aplicação da disciplina. (Mt 18.15-35)
- O objetivo da disciplina é estabelecer limites entre igreja e mundo e combater o pecado dentro dela.
- A inércia da igreja em combater o incesto provocou censura à mesma pelo apostolo Paulo.
- A igreja não deve se omitir em questão de disciplina, pois corre o risco de cair debaixo de tal censura da palavra de Deus. (v.1-13)
a) soberba – “andais vós ensoberbecido” a ponto de achar aquilo natural ou tratar com naturalidade.
b) Insensibilidade – “e não chegastes a lamentar” a falta de choro denota uma conivência, quando, na verdade, deveriam chorar (implorar) “para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou...”
c) concessão – não aplicar a disciplina quando deveria. (v.2-5)
- Promover a recuperação espiritual do disciplinado. (v.5)
- impedir que o pecado se espalhe na igreja. (v.6-7)
-Manter a pureza das celebrações e da adoração ao Senhor. (v.8)
Conclusão:
- Quem não aceita a disciplina da igreja por causa de práticas pecaminosas, cai em pecado deliberado por rejeitar a correção debaixo das leis divinas dadas a igreja para julgar.
- Lembremos: “Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso, teríeis de sair do mundo. Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro?” (v. 9-12)
Conselhos para casados e solteiros
(resumo feito pelo Pr. Walter Moura)
Lição – 6 Texto básico ICo 7.1-40
Introdução:
- Três conselhos, segundo W. Wiersbe, poderemos encontrar neste capítulo:
- Conselhos aos cristãos casados com cristãos; aos cristãos casados com não cristãos; e aos cristãos solteiros.
- Paulo inicia este capítulo falando que é bom não casar. Focar no v.1 refere-se ao casamento.
- Calvino comentando sobre o ponto de vista de Paulo diz: “É deveras vantajoso e conveniente para um homem não viver preso a uma esposa, até o ponto em que ele é capaz de viver sem ela”.
-Mas, ao mesmo tempo em que Paulo ver vantagens em viver solteiro, no v. 2 aconselha ter sua própria esposa por causa da impureza.
- Por um lado, estar solteiro dará uma liberdade maior de se dedicar a obra de Deus, por outro, poderá levar a impureza sexual.
- Uma das razões de Deus instituir o casamento é combater a impureza sexual.
- o Casamento proporciona as bênçãos de Deus na vida conjugal por inteira, inclusive com o propósito de descendência.
- O Casamento é monogâmico e heterossexual. (Lv 18.22).
- Em um casamento a direitos e deveres sexuais. (1 Co 7.3-4)
- Não deve haver abstinência ou privação sexual sem um acordo mútuo. (v.5)
- O celibato é um dom divino. O casamento é a regra e o celibato a exceção. (v 7-9, 27-28)
- ordem aos casados:
- “Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido; e que o marido não se aparte de sua mulher”. (1Co 7:11).
- Assim como na igreja de Corinto, hoje encontramos cristãos em casamento misto, que na maioria dos casos por conversão de um deles.
- Neste caso, Paulo diz que eles devem permanecer casados. (v.12-13)
- Um cônjuge crente santifica o não crente, e a seus filhos. (v.14)
- Quanto aos solteiros ou viúvos crentes, Paulo orienta que o cristão deve casar-se com outro cristão. (v.40)
- Há casos em que há deserção ou abandono do lar, nestes casos o cônjuge abandonado estar livre. (v.15-16)
- Cada um deve viver feliz em sua condição, seja casado, solteiro celibatário, casado em um lar misto, pois devem permanecer no estado em que Deus chamou. (v. 17-24)
- Paulo apresenta algumas razões para um cristão que tenha o dom do celibato ou que esta contente com sua condição de solteiro, seja por viuvez ou por não ter encontrado até o momento uma pessoa certa, etc.
a) A angustiosa situação presente. (v.26) Em sua época o cristão sofria perseguição cruel do império e havia muito sofrimento para toda a família em um lar cristão.
b) As preocupações e as responsabilidades que uma pessoa casada tem. (v.32a)
c) O solteiro tem mais tempo livre para servir ao Senhor. (v. 32-35)
-Quanto as viúvas e viúvos, diz: “A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor. Todavia, será mais feliz se permanecer viúva, segundo a minha opinião; e penso que também eu tenho o Espírito de Deus.” 1Co 7:39-40.
Conclusão:
- Casar é bom, permanecer solteiro também é. Quer casado, quer solteiro, vivamos para a glória de Deus, buscando sempre submissão aos seus preceitos.
Comida oferecida a ídolos
(Resumo e adaptações feitos pelo Pr. Walter Moura)
Lição 7 - Texto básico 1Co 8.1-13
Introdução
- Na igreja de Corinto surgiu uma questão ético-religiosa, poderia um cristão comer carne sacrificada a ídolos?
- O princípio esboçado por Paulo e por outros escritores bíblicos servirão para vários dilemas que envolvem a Igreja cristã de hoje.
- Pense comigo, se toda a carne que nós consumimos fosse sacrifica a ídolos, o que deveríamos fazer?
- Naquela época este alimento vendido no mercado era sacrificado a ídolos. Além do mais a refeição feita em um templo era uma prática social.
- Em atos 15 há um parecer da igreja de Jerusalém. (At 15.28,29)
- Na igreja de Corinto alguns freqüentavam templos pagãos e comiam alimentos sacrificados aos ídolos, outros não. Soberba por um lado e escândalo por outro circundavam a igreja.
- - O concílio de Jerusalém já havia abordado o assunto, embora em outra perspectiva, isto é, a harmonia entre judeus e gentios cristãos. (At 15.28,29) Ler todo o cap. 15
- Paulo diz que conhecimento sem amor causa soberba. (v.1)
- O amor busca edificação (1Co 13.4), portanto o conhecimento deve ser temperado com ele para não levar outros a ruína. (v.7; Rm 14.1-2)
- O verdadeiro conhecimento de Deus quebra o nosso orgulho e nos torna humildes. (v.2-3)
- os ídolos de fato nada são. (v.4; Is 44.12-20; Sl 115.4-8)
- Só existe um Deus. (v.4, 6; At 17.24-29)
- Ele se revela especialmente em Jesus Cristo, Senhor da Igreja. (v.6; Jo 14.8-10; Jo 17.3)
- Paulo sabe que nem todos têm conhecimento e tropeçam em sua própria consciência fraca. (v.7)
-Então ele faz algumas recomendações:
a) Não há ligação entre a comida e a espiritualidade. (v.8; Rm 14.17)
b) A liberdade cristã não deve se tornar pedra de tropeço. (v.9; Rm 14.15; Gl 5.13)
c) Servir de tropeço para um irmão é pecar contra ele, por conseguinte contra Cristo. (v.10-13)
Conclusão:
- Existem muitas coisas que não são pecado, mas que escandaliza muitos crentes, porém, os crentes maduros, por amor ao irmão, devem evitar escandalizá-lo.
- Paulo, ao mesmo tempo em que recomenda o amor para os que têm conhecimento, instrui pela epístola aos fracos que o ídolo não é nada.
- É preciso buscar conhecimento das coisas de Deus para lidar com diversas situações sem prejuízo a consciência e a vida cristã, todavia, não devemos usá-lo de maneira a escandalizar os que ainda não o alcançaram.
- Em suma, observemos o que Paulo diz no cap. 10. 23-33 desta mesma epístola, principalmente o v.31, “fazei tudo para a glória de Deus”.
- Se faz necessário uma explicação, antes que alguém pense que existe contradição entre o ensino de Paulo e do concílio de Jerusalém. Atos 15 é uma resolução com o objetivo de promover harmonia entre Judeus e gentios cristãos. (At 15.1-35)
- Paulo sabia muito bem desta decisão, pois estava envolvido na missão (v.22,24,35)
- A Igreja de Corinto era uma igreja tipicamente gentílica, o que faz Paulo não aplicar a recomendação de Atos, mas esclarecer sobre o alimento sacrificado a ídolos.
Exemplos de liberdade cristã
(Resumo e adaptações realizado pelo Pr. Walter Moura)
Lição 8 Texto: 1 Co 9.1-11.1
Introdução:
- “Só Deus é Senhor da consciência...” Confissão de fé de Westminster . Cap. XX, II (Rm 14.4,10,23; Cl 2.20-23; Gl 5.1)
- A liberdade cristã não é liberdade para o pecado, senão para servir a Deus em santidade e justiça. (Lc 1.74,75; Rm 6.15; Gl 5.13)
A origem de seus direitos (v. 1-2)
- A liberdade cristã nos traz direitos e privilégios, no entanto o cristão forte abre mão, muitas vezes, para edificação dos outros.
-Paulo era livre em Jesus; era Apóstolo; viu a Cristo; eles eram frutos de seu trabalho.
- No entanto, ele usa sua liberdade cristã para proveito de muitos. “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível...” v.19ss
A Extensão dos seus direitos (v.3-14)
- Paulo defende a sua liberdade mostrando os seus direitos:
a) Direito de sobreviver; (v.4)
b) Direito de casar-se e ter alguém sempre com ele. (v.5)
c) Direito de dedicar-se exclusivamente ao ministério e receber dele seu sustento. (v.6-12)
O uso dos seus direitos
- Paulo abre mão dos seus direitos, e ele tem uma razão para isto, não criar nenhum obstáculo ao evangelho de Cristo. (v.12b)
- Havia nesta igreja certa resistência ao ministério de Paulo. (2Co 10.8-12)
- Abrir mão de alguns direitos era necessário para o bem do evangelho naquela localidade. (1Co 9.19-23)
- Israel também teve privilégio. (v.1-4)
- “Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles...” (v.5)
- A religião exterior e mesmo a obtenção do favor divino em diversas ocasiões não são sinais de aprovação de Deus, e Israel é o exemplo disto. (v.6)
- No uso de sua liberdade não comungue com a idolatria. (v.14)
- Faça aquilo que é proveitoso e que edifica espiritualmente. (v.23)
- Exerça a sua liberdade cristã buscando o bem dos irmãos. (v.24)
- Não ofenda a sua consciência nem a do seu irmão no uso de sua liberdade. (v.25-26)
- A nossa liberdade deve glorifica a Deus. (v.31)
- A nossa liberdade não deve servir de tropeço para ninguém. (v. 32-33)
Conclusão:
- A nossa liberdade cristã é muito maior do que muitos imaginam, no entanto, ela deve levar em consideração a nossa consciência, a consciência do próximo, o escândalo e a edificação.
- A única forma de não errarmos no uso da nossa liberdade cristã, é termos a glória de Deus como a finalidade do uso desta liberdade, de outra forma, podermos fazer mau uso daquilo que é bom.
Comportamento no culto Público
(Resumo feito pelo Pr Walter Moura)
Lição 9 – Texto 1Co 11.2-34
Introdução:
- Os homens sempre tentam inovar e deturpar o culto a Deus.
- A bíblia estabelece como Deus requer ser adorado.
- Qualquer culto elaborado por conta própria é falso e inaceitável a Deus. (Êx 20.1-6; Dt 6.13-15)
- Exemplo de adoração falsa em Israel (Jr 7.31)
- Em 1Co 11-14, Paulo ensina a igreja a respeito dos procedimentos no culto.
- Paulo inicia o v.2 remetendo a doutrina e ordenança ensinada (tradição) por ele em outro momento na igreja. (...”retendes as tradições assim como vo-la entreguei.”)
- Algumas mulheres desejavam exercer a liderança espiritual na igreja, algo exclusivo dos homens.
- O uso do véu representava esta relação de autoridade e submissão. (v. 3-6)
- Paulo apresenta o princípio de autoridade espiritual do homem sobre a mulher (v.3)
- O véu simbolizava culturalmente esta autoridade do homem sobre a mulher. (v.10)
- O véu, culturalmente falando, é como uma aliança de casamento que simboliza o matrimônio.
- Homens e mulheres têm os mesmos direitos quanto a justificação pela fé. (Gl 3.28)
- A mulher podia orar e profetizar na igreja, durante o culto, todavia, usando o véu como símbolo de submissão a seu marido.
- A base do ensino de Paulo: 1) O homem é a glória de Deus e a mulher do homem. (v.7); 2) A mulher foi feita do homem. (v.8); 3) A mulher foi feita por causa do homem. (v.9); 4) Ambos são interdependentes, a mulher provém do homem, mas o homem nasce da mulher, e tudo vem de Deus. (v.11-12); 5)Esta diferença é clara na nossa vivência. (v. 13-15).
- Este assunto não deveria ser de discórdia entre os coríntios, mas acatado.
- “Contudo, se alguém quer ser contencioso, saiba que nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus.”
- Paulo reprova a igreja quanto à celebração da Ceia. (v.17-22)
- Jesus institui a Ceia na noite em que foi traído. (v.23)
- Os elementos são pão e vinho.
- Três propósitos na celebração que devem ser lembrados:
a) Gratidão. (v.24); b) Memorial. “Fazei isto em memória de mim”. c) Proclamação. (v.26)
- A ceia tem valor espiritual, portanto não devemos participar dela indignamente para não sermos julgados pelo Senhor (v.27 - 32)
Conclusão
- A cruz, o auto-exame, a segunda vinda de Jesus e a comunhão com os irmãos devem fazer parte da nossa reflexão na celebração da Ceia.
- Cabe aos homens o papel de liderança eclesiástica, não é papel da mulher esta autoridade, como também no lar.
Dons Espirituais
(Resumo feito e adaptado pelo Pr Walter Moura)
Lição 10 - Texto ICo 12-14
Introdução:
- O exercício adequado dos dons espirituais contribui para o nosso crescimento espiritual e o progresso da igreja.
- Qual é o seu dom e como poderia contribuir para o crescimento da igreja?
- Paulo orienta a igreja de Corinto e a nós a respeito dos dons espirituais.
- O dom não é um talento nato ou uma capacidade natural, nem um cargo ou uma posição ocupada na igreja.
- O dom é uma dádiva de Deus dada aos crentes para executar determinadas funções que promoverão a edificação e crescimento espiritual do seu povo.
- O dom pode ser confundido com os talentos naturais ou adquiridos, porém ele tem algo mais, pois desvenda e manifesta os mistérios divinos, isto é, capacita o crente a compreender, transmitir e realizar coisas espirituais com o propósito de glorificar a Cristo e prosperar Sua Igreja. (v.4-7)
- Nas palavras de John Piper “um dom espiritual é uma capacidade dada pelo Espírito Santo para manifestar a nossa fé de forma eficaz (palavras e ações), para o fortalecimento da fé de alguém.”
2.1 A origem dos dons
- A Trindade é a fonte dos dons espirituais. (Rm 12.3; Ef. 4.8; 1Co 12.11)
- Paulo nesta carta diz “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo.E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo.E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos” (1 Co 12.4-6)
- Deus concede estes dons de forma Soberana, não temos como escolher. (v.11)
2.2 A diversidade dos dons
- A lista encontrada na carta não é de forma alguma em toda sua extensão e diversidade, basta atentar para outras epístolas.
- A multiforme graça de Deus concede uma diversidade de dons a Igreja para o que for útil e proveitoso. (v.7)
- Estes dons podem ser ordinários e extraordinários. (1Co 12.8-10, 28; Rm 12. 6-8; Ef. 4-12)
2.3 A extensão dos dons
- Todo o crente recebe pelo menos um dom. “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso.” 1Co 12:7
- ninguém tem todos os dons, precisamos uns dos outros. (v.29-30)
3.1 O corpo fala na unidade da igreja
- A igreja é uma unidade na diversidade, dirigida por Jesus, batizada e alimentada pelo Espírito. (v.12-13)
3.2 O corpo fala da diversidade dos membros da Igreja. (v.14)
- A função de cada um é diferente, mas necessária para o bom desempenho do corpo de Cristo. (v.15-17)
3.3 O corpo fala da interdependência que existe na Igreja
- Todos nós precisamos uns dos outros para o bom desenvolvimento da Igreja e a nossa edificação. (v.18-27)
Conclusão
- Os verdadeiros dons contribuem para edificação da igreja, fortalece os crentes, promovem unidade na diversidade.
- Devemos buscar e exercitar os melhores dons, regado ao amor cristão. (v.31)
Amor, Profecia e Línguas
(Resumo feito pelo Pr Walte Moura)
Lição 11 1Co 13.1-14.40
Introdução:
- O amor que gera uma vida harmoniosa na Igreja, em lugar de disputas infantis por causa de dons.
- Amar é um mandamento. O amor na igreja de Corinto deveria “temperar” os dons e acabar com as brigas e divisões.
- Paulo ensina que sem amor os dons são vãos e que devem procurar os dons no exercício do amor.
1.1 A importância do amor (1Co 13.1-3)
1.2 As qualidades do amor (1Co 13.4-7)
1.3 A permanência do amor ( 1Co 13.8-13)
- Para a igreja de Corinto os dons mais importantes eram profecias, línguas, e ciência ou conhecimento.
- Paulo declara que o amor supera os três dons que estes irmãos davam mais importância.
- Tendo amor, o dom de profecia deve ser buscado. (v.1)
- Profetizar significa proclamar a mensagem de Deus. No AT o profeta era a “boca de Deus”.
- No NT a profecia “é uma palavra do Senhor dada por intermédio de um membro do seu corpo, inspirada pelo seu Espírito e concedida para edificação do corpo” (Michael Green).
- O profeta deve exercer o dom segundo a proporção da fé. (Rm 12.6)
- Proporção da fé significa o conteúdo das Escrituras. Toda revelação deve ser julgada pela Palavra de Deus (1Co 14.37; 1Pe 4.11)
- As línguas é um dom de menor importância, mas muito valorizado na igreja de Corinto.
- Paulo orienta para buscarem o dom de profecia, pois diferente das línguas a profecia fortalece, encoraja, consola e edifica a igreja. (v.2-4)
- A adoração publica na igreja de corinto estava confusa e desorganizada. Havia muito exibicionismo e não visava à edificação. (v.26)
- “Deus não é Deus de confusão e sim de paz”, Paulo não esta falando de brigas e sim de organização no culto. Vários profetizando, outros vários falando em línguas, Aquilo que muitos acham uma “benção” Paulo recrimina dizendo que isto é confusão para o culto público.
- Então, Ele disciplina a liturgia no culto público. (v.26-40)
Conclusão:
- O uso dos dons espirituais no culto público deve ser regido pelo amor.
- deve visar a edificação da igreja, fazendo-se de maneira inteligível e com entendimento.
- O culto público deve ser feito com ordem e decência, disciplinando o uso dos dons.
A Ressurreição de Cristo e a nossa ressurreição
(Resumo feito pelo Pr Walter Moura)
Lição 12 - Texto básico 1Co 15.1-58
Introdução:
A doutrina da ressurreição de Jesus Cristo é fundamental para a fé cristã, sem ela nossa fé seria vã.
-Várias doutrinas bíblicas estão relacionadas com a ressurreição de Cristo. A divindade de Jesus; a justificação pela fé; a santificação; a vida eterna e o juízo final.
- Evangelizar é comunicar o evangelho de Jesus Cristo. (Mc 16.15)
- Paulo lembra qual foi o evangelho que ele pregou. ( v.1-2)
- A mensagem do evangelho é baseada em fatos históricos e teológicos da morte e ressurreição de Jesus Cristo, conforme o relato das Escrituras. (V.3-4)
- Jesus morreu, foi sepultado, ressuscitou e apareceu a Pedro, aos Apóstolos, a mais de 500 discípulos e depois ao próprio Paulo. (v.5-8)
- Alguns cristãos não criam na ressurreição dos mortos. (v.12)
- Paulo questiona este tipo de crença e levanta algumas questões disciplinadoras a este respeito:
a) Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo não ressuscitou. (v.13)
b) Se Cristo não ressuscitou é inútil a pregação do evangelho, e os pregadores são falsas testemunhas de Deus. (v. 14-15)
c) Se Cristo não ressuscitou é vã a fé de todos. (v.14)
d) Se Cristo não ressuscitou todos permanecem debaixo do pecado. (v.17)
e) Se Cristo não ressuscitou os crentes mortos estão perdidos. (v.18)
f) Se nossa fé restringe-se apenas a esta vida, sofremos em vão por causa do evangelho, sendo miseráveis, dignos de pena. (v.19)
- Paulo declara que de fato Cristo ressuscitou. (v.20)
- A ressurreição de Cristo é um fato histórico inquestionável. (At. 3.15; 26.23)
- A ressurreição de Cristo é a garantia da nossa ressurreição. (v.20-24)
- A ressurreição acontecerá na segunda vinda de Cristo. (v.23)
- A ordem da ressurreição: Cristo, como primícias, depois os que são dele, dentre estes, primeiro os que morreram, depois os que estiverem vivos serão transformados. (1 Ts 4.16-17)
Qual será o corpo da ressurreição?
- Paulo apresenta analogias:
- A diferença entre a semente plantada e a colhida. (v. 36-38)
- A diferença entre corpo humano e corpo animal. (v.39)
- A diferença entre corpo celeste e terrestre. (v.40-41)
- Assim existe diferença entre nosso corpo atual e o ressuscitado. (42-49)
Conclusão:
- O cristão vive na esperança de uma vida plena no futuro, na certeza que em Cristo ressuscitará dos mortos.
Trabalhando na Obra do Senhor
(Resumo feito pelo Pr Walter)
Lição 12 - Texto: 1Co 15.58-16.24
Introdução:
- “O Trabalho do Senhor é feito por aqueles que foram escolhidos pelo Senhor”.
- Finalizando a carta, Paulo encoraja os irmãos a serem firmes na fé e produtivos na obra do Senhor.
- A obra do Senhor requer dedicação.
- A obra do Senhor é recompensadora.
- Alguns princípios devem ser observados para a realização da obra do Senhor:
1 Trabalhe sempre para servir aos outros (1Co 16.1-4)
- Sirva a seus irmãos na fé, principalmente os mais necessitados. (Tg 2.15-17; 1 Jo 3.16-18)
- O que devemos aprender sobre as ofertas na igreja?
– Ofertar é um ato de adoração. É um meio de expressar gratidão e fé no Senhor (Rm 12.1-2)
– Ofertar deve ser uma prática sistemática. Os crentes apresentavam suas ofertas quando se reuniam nos cultos dominicais. (v.2)
– Ofertar é algo pessoal e individual. Paulo diz “cada um de vós”. Seu desejo é que cada crente participasse, não importa o valor da oferta e sim o envolvimento de quem oferta.
– Ofertar deve ser algo proporcional à prosperidade de cada um. A oferta deve ser espontânea, generosa e sincera. (v.2)
– A oferta arrecadada deve ser administrada com sabedoria e honestidade. Paulo desejava que a oferta fosse levada para Jerusalém por pessoas escolhidas pela igreja local. (v.3-4)
2 Trabalhe sempre com uma visão de futuro (v.5)
- Paulo vivia sob orientação do Espírito, mas jamais deixou de planejar e de olhar para o futuro.
3 Trabalhe com flexibilidade considerando o imprevisível (v.6)
- Paulo trabalhava consciente do “possível ou talvez”, pois sabia que seus planos se submetiam aos planos de Deus.
4 Trabalhe com o compromisso da excelência. (v.7)
- Paulo queria gastar tempo com aqueles irmãos para instruí-los com mais profundidade.
5 Trabalhe aproveitando as oportunidades do presente. (v.8-9)
- O nosso Deus é um Deus que abre portas, oportunidades para a pregação do evangelho.
6 Trabalhe em equipe (v.10-20)
- Paulo havia ensinado a igreja que ela é um corpo, onde os membros precisam uns dos outros para que o trabalho seja realizado.
- Paulo cita várias pessoas nesses versos, mostrando que o trabalho não é realizado sozinho.
Conclusão
Dinheiro, oportunidades e pessoas são os recursos preciosos da igreja e não devem ser desperdiçados.